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Carta Manuscrita de Torquato de Sousa Soares

 

Carta Manuscrita por Torquato de Sousa Soares

Documento manuscrito em uma folha de papel timbrado da "Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - Instituto de Estudos Históricos Dr. António de Vasconcelos", ocupando ambas as páginas da referida folha, datado de 19 de Junho de 1947, assinado pelo historiador Torquato de Sousa Soares e endereçado a Gustavo Cordeiro Ramos, então, Presidente do Instituto para a Alta Cultura.

Excerto da missiva:

"Exm.º Senhor Prof. Doutor Gustavo Cordeiro Ramos

Muito e muito me penhorou a carta de Vossa Excia.. As suas palavras tão generosas, tomo-as como estímulo para procurar corrigir as minhas deficiências e fazer mais e melhor.

Nem mesmo poderei, de outro modo, corresponder ao generoso e constante patrocínio do Instituto para a Alta Cultura, a que Vossa Excia. preside, e a que este Instituto de Estudos Históricos deve, em grande parte, a possibilidade de exercer a sua modesta actividade científica (...)"

Documento bem conservado.   50€

Para encomendar, use, por favor, o endereço de email: livrosenarrativas@gmail.com , ou, o contacto telefónico: 91 667 34 09. Obrigado!

Carta Manuscrita de J. M. de Queiroz Velloso

 

Carta Manuscrita de J. M. de Queiroz Velloso

Missiva datada de 17-5-947, cujo manuscrito ocupa duas páginas, assinada por Queiroz Velloso e endereçada a Gustavo Cordeiro Ramos, felicitando-o por um discurso que este proferiu em Madrid quando recebeu a insígnia de membro do "Consejo Superior de Investigaciones Cientificas".

Excerto do conteúdo do manuscrito:

"Lisboa, 17-5-947

Meu querido amigo
Acabei de ler o discurso que pronunciou em Madrid, ao receber a insígnia de membro do "Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, e que tão gentilmente me ofereceu. Em poucas, mas densíssimas páginas, ninguem diria melhor, nem mais completamente, o que foram as relações interculturais de Portugal e Espanha. É um trabalho que fica (...)"

Documento bem conservado. Preserva o sobrescrito, contudo, foi-lhe retirado o canto superior direito. 45€

Para encomendar, use, por favor, o endereço de email: livrosenarrativas@gmail.com , ou, o contacto telefónico: 91 667 34 09. Obrigado!

Carta Manuscrita de Ruy Ennes Ulrich

 

Carta Manuscrita por Ruy Ennes Ulrich

Manuscrito de duas páginas, datado de 15 de Janeiro de 1949, assinado por Ruy Ennes Ulrich e por este enviado a Gustavo Cordeiro Ramos, felicitando-o por um seu discurso, proferido em Madrid, sobre o grande escritor Miguel de Cervantes.

"Lisboa, 15 de Janeiro de 1949

Meu Exmº. e Prezado Amigo

Venho agradecer-lhe muito penhoradamente o gentilíssimo offerecimento do seu admiravel discurso de Madrid. Com a sua prodigiosa condição, mais uma vez revelada, mostrou-nos bem o meu amigo quanto era complexa a significação da grande obra de Cervantes, sobre a qual se debruçaram tantos altos espíritos, sem lograrem chegar a uma conclusão unanime!

Apesar de se dizer não cervantista revelou o seu discurso um conhecimento profundo da obra de Cervantes e, mais do que isto, a sua mais intelligente comprehensão. E tudo nos é trazido numa prosa modelar, de emoção e de riqueza.

Mais uma vez o meu amigo honrou Portugal perante um auditorio illustre a prestar ao paiz um assinalado serviço a juntar a tantos de que lhe somos já devedores.

Renovo os meus agradecimentos e peço-lhe que me creia sempre um admirador sincero e amigo obrigado, 

R. Ennes Ulrich"

Documento bem conservado e de interessante conteúdo.    65€

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O Conde de Farrobo - Memórias + Carta Manuscrita

 

O Conde de Farrobo

- Memórias da Sua Vida e do Seu Tempo -

Eduardo de Noronha

Edição Romano Tôrres. Porto, 1945. 1ª Edição. In-8.º, de 249 (3) páginas. Dim: 19,5cm x 12,6cm. Brochado.

"Dois livros escrevi sôbre o Conde de Farrobo. Não esgotaram o assunto. O que ao prsente submeto à apreciação do leitor é, em certo limite, o resumo dêles e o acréscimo do muito que ficou por dizer." - Eduardo de Noronha

Bom exemplar, ao qual se junta uma carta manuscrita, datada de 12 de Janeiro de 1836, autografada pelo Conde de Farrobo e por este enviada a Francisco António de Campos, na altura Ministro da Fazenda. 



"Illm.º e Exm.º Snr

Tendo contado com o distracte das minhas apolices para fazer alguns pagamentos, muitissimo transtorno me tem feito a demora do recebimento.

Longe de mim a ideia de ser n´estas circunstancias importuno ao Governo de Sua Magestade, com exigencias que de minha parte parecerião pelo menos extraordinarias; com tudo como estejão vencidos dous semestres de juros, importando em 12 Contos de Reis pouco mais ou menos, parece-me de jústiça que V.ª Exª me mande pagar por conta do meu credito a dita quantia.

Confiando na rectidão e jústiça de V.ª Ex.ª  tenho a honra de ser com toda a a consideração De V.ª Ex.ª Ilm.º e Exm.º Snr Francisco António de Campos

Rua do Alecrim 12. de Jan.º. 1836     Att. Conde de Farrobo"

As páginas apresentam no canto superior esquerdo, a relevo, as iniciais "C. F." encimadas por uma coroa. Dim: 25cm x 20,6cm.

Joaquim Pedro Quintela, 2º Barão de Quintela e 1º Conde de Farrobo, figura de grande relevo político e cultural no Portugal de então, foi um filantropo e mecenas das artes e ficou também conhecido pelo seu lado boémio dando grandes festas cuja fama deu origem à célebre expressão "farrobodó".  

Preço do conjunto: 90€

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Manuscrito de António Lopes Ribeiro

 

Manuscrito de António Lopes Ribeiro

Manuscrito em uma página de uma folha de papel "Almaço" de boa gramagem (Dim:31cm x 23cm), datado de Fevereiro de 1950 e assinado por António Lopes Ribeiro, onde o signatário expressa uma reflexão sobre o teatro, o cinema e a vida:

"Costuma dizer-se que o Teatro imita a vida... Tenho para mim que a vida imita muito mais o Teatro. Se considerarmos a sua derradeira metamorfose - o Cinema, que no Teatro se inspira, diga-se o que se disser - creio que não podem restar dúvidas: a Humanidade não faz outra coisa, há pelo menos vinte anos, senão imitar as fitas!         António Lopes Ribeiro       Fev.º 1950"

António Lopes Ribeiro foi cineasta, crítico de cinema e de teatro, empresário teatral, actor e jornalista. No ano de 1941 fundou com o seu irmão, o conhecido actor "Ribeirinho", as "Produções António Lopes Ribeiro" que marcaram de uma forma indelével uma nova época do cinema português, rodando filmes como "O Pai Tirano" (1941), "O Pátio das Cantigas" (1942),  "Aniki-Bobó" (1942), "Amor de Perdição" (1943), "Frei Luís de Sousa" (1950), entre outros.

Bem conservado. Conteúdo muito interessante tendo em consideração o percurso de vida do seu signatário.          110€ 

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Carta Manuscrita por Bernardino Machado

 

Carta Manuscrita por Bernardino Machado

Carta manuscrita em uma página, datada de 12 de Outubro de 1928 e assinada por Bernardino Machado. Agradece ao destinatário, que nos é desconhecido, um convite para participar numa conferência e faz referência ao seu filho Miguel Machado. 

"Meu Prezado Amigo:

Muito obrigado pelo seu gentil convite. Farei tudo por estar ahi a tempo d´abrir a conferência em (?). Antes do dia 20 não me será possível regressar.

Envie os meus dedicados cumprimentos á sua Srª. Esposa (?), sempre, (?) amigo      Bernardino Machado

O Miguel retribue , muito grato, as suas generosas (?) lembranças

V. N. Famalicão, 12 - 10 - 925"

Documento em razoável estado de conservação. Limpo. A caligrafia de Bernardino Machado não me é fácil de ler pelo que escrevi "(?)" sempre que o não consegui fazer, ou, tive dúvidas na leitura.    60€

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Carta Manuscrita de Henrique Trindade Coelho

 

Carta Manuscrita de Henrique Trindade Coelho

Carta manuscrita em uma página, não datada (1920 - 1923 ?), assinada por (Henrique) Trindade Coelho e enviada a Alberto Xavier, fazendo referência a Alvaro de Castro e a Carlos Olavo, ao jornal " A Patria" e ao partido P. R. P. (Partido Republicano Português).

"My Dear Albert:

Sou teu amigo. Sei que tu, com o Silva no ministério, estalarás de dôr. Corri a salvar-te, ou a tentá-lo, enviando á Patria uma carta. Sahiu na 3ª página. Lê-a, medita-a, nos vagares esfaseados dos numeros e das finanças, e dize-me depois se te quero bem ou não.

É claro que escrevi em pura perda. Mergulharemos de novo na maré vaga - e com maiores riscos de morte. Mas que fazer, eu, se vocês não fazem? 

Diz ao Alvaro que não deixe ficar mal o Carlos Olavo... É preciso glorificar... a geração de (?), votada ao ostracismo pelos camaradinhas que ficaram no P.R.P. ...

All yours,       Trindade Coelho"

Documento bem conservado. Boa caligrafia.   50€

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Carta Manuscrita de Marcelo Caetano

 


Carta Manuscrita de Marcelo Caetano

Carta manuscrita em quatro páginas plenas, datada de 30 de Maio de 1938, assinada por Marcelo Caetano e enviada a Alberto Xavier, onde o signatário analisa e  elogia a obra "O Romance no Século XVII" da autoria do destinatário. Dim: 20,2cm x 16,2cm.

Excerto da missiva: 

"Exm.º Sr. Dr. Alberto Xavier:

Só agora pude terminar a leitura do interessante volume sobre "O Romance no Século XVII", que V.ª Ex.ª têve a amabilidade de me oferecêr (...) 

(...) V. Ex.ª, na verdade, soube dar um quadro completo do romance seiscentista, sem escusado pêso de erudição, antes com a leveza do divulgador. Enganar-se-ia, porém, quem confundisse esta leveza com superficialidade: em cada página se sente o trabalho analítico e de reflexão que a precedeu, quer para chegar à nota incisiva da crítica, quer para definir em dois traços o caracter de um autor ou de um livro, quer ainda para escolher, de entre a prolixa maneira de epoca, os passos mais característicos de um romance ou as mais belas das suas aventuras e descrições.

Sem lisonja afirmo que V. Ex.ª atingiu plenamente o seu objectivo de espalhar o conhecimento e de despertar o interesse pelos antecedentes do moderno romance: o que é um grande serviço prestado à cultura popular portuguêsa.

Aceite V. Ex.ª os agradecimentos e as felicitações de quem é (...)   Marcelo Caetano.

Documento muito bem conservado, escrito em papel encorpado. Preserva o sobrescrito, ao qual foi cortado o canto superior direito, onde se encontrava, certamente, o selo postal.    120€

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Carta Manuscrita de Hernâni Cidade

 

Carta Manuscrita de Hernâni Cidade

Carta manuscrita em quatro páginas, datada de 12 de Agosto de 1925 (carimbo dos correios no sobrescrito), assinada e enviada por Hernâni Cidade a Ferrand (Pimentel d´Almeida), felicitando-o pela sua nomeação de Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra.

Pequeno excerto da missiva:

"Meu querido Ferrand

Acabo de saber da sua nomeação. É justíssima. Venho abraçá-lo vivamente, fraternalmente, por ela. Não duvide um momento do calor dêste abraço ao amigo, um abraço em que vai também um pouco da velha admiração pelas qualidades que justificam esta distinção conferida ao mestre. 

Faça-me o favor de transmitir à sua excelentíssima Esposa, minha senhora, as minhas felicitações. Compreendo muito bem como são d´Ela os seus triunfos, como Ela deve ser a sensibilidade que se comove, ao lado do nobre orgulho que rejubila. 

Escrevo-lhe à pressa, num intervalo dêstes exames do Liceu (Liceu Alexandre Herculano, pode ler-se no sobrescrito) que nunca mais acabam. Deus do ceu! A família já em S. Veríssimo - Felgueiras, e eu aqui a moer a lebre, privado das graças de duas pequerruchas que são todo o meu enlêvo e - pelo que estou a vendo - a única justificação da minha vida. (...)"

Hernâni Cidade foi professor, ensaísta, crítico literário, historiador e combatente na Primeira Grande Guerra Mundial, onde foi comandante de pelotão na frente de batalha. A sua grande coragem  levou-o na Batalha da Flandres a resgatar soldados de ambas as forças em combate. Na batalha de La Lys foi feito prisioneiro pelas forças alemãs onde permaneceu em cativeiro durante cerca de nove meses. 

Carta em muito bom estado, com sobrescrito (preserva o selo dos correios).   50€

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Carta Manuscrita de Hernâni Cidade

 

Carta Manuscrita de Hernâni Cidade 

Magnífica carta de oito páginas plenas, datada de 19 - XII - 1928, assinada por Hernâni Cidade e endereçada a Ferrand Pimentel de Almeida que era então Chefe de Gabinete do Ministro da Instrução. O sobrescrito está em muito bom estado e preserva o selo dos correios.

Toda a carta se relaciona com a delicada situação que atravessava a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1928). Hernâni Cidade diz ter conhecimento de que estava em curso um restabelecimento da Faculdade de Letras do Porto que a reduziria a duas secções e sabendo, pois certamente que já via no horizonte os dias que se aproximavam, que essa remodelação impunha ao corpo docente e à própria instituição graves consequências,  mostra-se muito  apreensivo, até porque a sua secção seria poupada, criticando as intenções do ministro, e enaltece as qualidades de excelência dos docentes da Faculdade (Leonardo Coimbra, Luís Cardim, Aarão de Lacerda, Ângelo Ribeiro, Damião Peres, Newton de Macedo, Teixeira Rêgo, entre outros). 

Alguns excertos do manuscrito:

"Meu querido Amigo

Se esta carta sair longa, tenha paciência. Que o atarefadíssimo chefe de gabinete a guarde para quando o amigo, em momento mais repousado, tiver tempo de a ler - que eu desejo muito que a não leia distraidamente.

Estou informado, meu amigo, que é intenção do novo ministro restabelecer a minha Faculdade, mas reduzida a duas secções - uma das quais a minha.

(...) Reconhece-se, enfim, no Ministério, que a 2ª cidade do País, a capital do Norte populosíssimo, a cidade que em tanta coisa - como, por exemplo, a assistência - dispensa os favores do Estado, para cuja riqueza, entanto, contribui como nenhum outra, tem categoria para uma escola de altos estudos humanísticos...

(...) A redução de que se fala é que eu não compreendo lá muito bem. Em primeiro lugar, não sei de modêlo sôbre que seria organizada essa truncada faculdadita; nem me parece -perdôe o Ferrand - que o objectivo dos estudos humanísicos seja abençoado cortando as pernas -ou a cabeça -a quem o prossegue.

Em segundo lugar, creio bem, salvo melhor opinião, que para emendar o êrro duma selecção que se afirma ter sido realizada por indicações da simpatia pessoal dum ministro ou seus amigos, os senhores fariam uma eliminação, que não poderia escapar-se a uma acusação análoga - a de ser determinada pela pessoal antipatia de outro ministro e seus amigos. E nestas coisas (...) até para que, enfim, pare a roda da nora, é já tempo de não fiar de mais no critério subjectivo, mesmo quando de mediano quilate. É sobretudo de interesse próprio e alheio não lhe subordinar a cara do mando, principalmente quando das suas pancadas possam resultar, para a  alma ou para o corpo, danos difíceis de reparar.

Em terceiro lugar, meu amigo, não me parece que haja por aí boa e imparcial informação a respeito dos professores que seriam dispensados. Não sabendo quais são, falarei de quasi todos. 

Há um que é sempre o primeiro que lembra - o Coimbra (Leonardo). Como êle (?) os seus defeitos (que não são nada aqueles que lhe atribuem) com as mais excepcionais qualidades de professor! Sarmento Beirão, que é dos mais distintos professores da Faculdade de Sciências do Pôrto, ainda ha muio pouco se referia com admiração à cultura matemática e scientífica do Leonardo (...) Ninguém, quando êle fala aos alunos ou aos amigos, mais brilhante e fácil, mais sugestivo e interessante. Mas por que não o lêem, caramba? A Alegria, a Dôr e a Graça está traduzida em espanhol e tem em português duas edições. Quem não deixa de o ler são os jesuítas de La Guardia...

Outro professor dum outro tipo - o Cardim (Luiz). O Ferrand percorra um dia a Colecção da Aguia, os últimos números da Diários (?) ou dê-se ao trabalho de ler a tradução e comentários de Júlio César, de Shakespeare. São provas das melhores aptidões para a identificação paciente, ao lado duma fina sensibilidade estética. Eu vou testemunhar, meu querido Ferrand, do doloroso, doentio escrúpulo que êle pôe no cumprimento dos seus deveres...

(...) O Ângelo Ribeiro (...) de cuja inteligência poderão falar os seus professores na Faculdade de Letras de Lisboa, que lhe deram sempre as melhores provas de consideração, tem belas qualidades de mestre - saber, método, lucidez mental, finura crítica de quem também é artista...

(...) Não ignora, certamente, que estão fora de discussão o talento excepcional do Newton (de Macedo) e do Peres (Damião) - talento e cultura que fazem deles dois dos nossos melhores professores do ensino superior. E também sabe que o nome de Mendes Correia honra a Sciência portuguesa, tanto como o  ensino universitário. E o de Aarão (de Lacerda), está informado que é um devotado e inteligente trabalhador, que põe na sua actividade um calor de apóstolo...

(...) Teixeira Rêgo é o intelectual de mais (?) e viva erudição que eu conheço, além de dotado duma capacidade de criação original a que ainda ha dias o Prof. Oliveira Ramos se lhe referia com admiração. Provou-o na Nova Teoria do Sacrifício, que D. Manuel Cerejeira conhece, e a cada passo o prova nas revistas do Pôrto, em que colabora com uma assiduidade que espanta...

(...) Mas... é tempo de lhe falar de mim, meu querido amigo. Porque é poupada a minha secção? Eu mesmo não posso deixar de atribuir tal excepção ao favor de amigos como o Ferrand. Que dirão os outros?... Mas não vê a dificílima situação moral em que ela me coloca e aos colegas beneficiados? (...) 

Documento muito bem conservado e cujo excepcional conteúdo é de grande interesse para o estudo do regime vigente na época e da história da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto.  150€

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Manuscrito de Rui Ennes Ulrich sobre "Os Vencidos da Vida"

 

Carta Manuscrita por Ruy Ennes Ulrich sobre o grupo "Os Vencidos da Vida"

Missiva de três páginas, datada de 18 de Julho de 1931, assinada por Ruy Ennes Ulrich e de grande interesse pelas considerações de quem conheceu pessoalmente e de perto todas as personalidades do grupo dos vencidos da vida e pelas observações que sobre esse mesmo insígne grupo tece no que na missiva vai escrito. 

"Meu Prezado e Caro Amigo

Acabo de lêr a sua interessante conferencia sobre "Os Vencidos da Vida", que o meu amigo teve a extrema gentileza de me offerecer. Tendo conhecido pessoalmente todos os membros do celebre grupo e a elles duplamente ligado por laços de família, não posso deixar de partilhar do vivíssimo interesse com que ainda hoje se lê tudo o que se refere a esse raro gremio do espírito e do talento. 

Nos seus comentarios, que em breves palavras (?) os traços dominantes da PP intellectuaes, anota sobretudo a justa defesa do seu patriotismo. Infelizmente o nacionalismo entre nós reveste com frequência um aspecto acanhado, obscurantista e não raras vezes obsceno (?), que pretende negar mesmo mesmo as inevitáveis infelicidades do nosso meio. Pretende-se que só é patriota quem cegamente, sem confronto, affirma gratuitamente a superioridade de tudo o que é nosso, o que leva ao systema (?) de não querer sequer tentar a mellhora do que é mau ou pelo menos não bom.

Bem superior é certamente o systema dos "Vencidos da Vida". Conhecedores dos nossos defeitos e da superioridade nalguns aspectos de outros meios, procuravam mingar (?) esta diferença (?) para que della tirasse exemplo e modelo a combativa sociedade do seu tempo. Parece ser esta a forma mais elevada do nacionalismo (...)" - excerto transcrito da presente missiva

Documento bem conservado e de interessantíssimo conteúdo.      100€

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Carta Manuscrita de Alberto de Sousa Costa

 

Carta Manuscrita de Alberto de Sousa Costa

Carta manuscrita em três páginas, datada de 4 de Novembro de 1928, assinada pelo escritor Sousa Costa e por este enviada ao escritor Manuel da Silva Gayo.

"Meu caro Silva Gayo:

Perdoe-me. Isto é abusar de si. É crêr na sua amizade. Preciso de mandar um documento a minha sobrinha, filha do Candido Guerreiro, para a sua matrícula em Direito. Mas esqueci-me a morada, em Coimbra, precalço natural em quem confia demasiado na pobre memoria. E daí o (?) ao meu Amigo, para que me faça o favor de o reter na sua mão até que a pequena o procure - pois vou prevenir disto mesmo o Candido Guerreiro. Perdoe-me, sim?

O Candido falou-me com muito entusiasmo na leitura  que o Silva Gayo lhe fez, dum trabalho seu. Tive grande prazer com o entusiasmo do meu cunhado, pois que, é sempre com prazer que ouço ou vejo fazer justiça a um dos maiores das letras da minha terra - dêsta terra vesga onde a justiça, em geral, não vê os grandes, toda lamecha diante dos mediocres.

Do seu velho amigo e admirador de sempre         Sousa Costa"

Carta bem conservada. Papel timbrado do "Tribunal do Comercio - Lisboa - Gabinete do Secretario" (onde o escritor foi secretário).    70€

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Carta Manuscrita da Academia Real das Sciencias de Lisboa

 

Carta Manuscrita da  Academia Real das Sciencias de Lisboa

Datada de 20 de Fevereiro de 1890 e assinada por José Maria Latino Coelho, esta missiva é endereçada a Joaquim Coelho de Carvalho (que chegou a ser Presidente da Academia):

"Ilm.º e Exm.º Snr.  

Tenho a honra de enviar a VExc.ª o diploma que lhe confere o título de Sócio Correspondente da Academia na Classe de Sciencias Moraes, Politicas e Bellas Lettras.

Deus guarde a VExc.ª. Academia Real das Sciencias 20 de Fevereiro de 1890.  J M Latino Coelho - Secretário Geral"

Papel timbrado da Academia (Dim:30cm x 22,5cm). Interessante e histórico conteúdo tendo em conta o relevo das personalidades de Joaquim Coelho de Carvalho e de José Maria Latino Coelho e também para a própria história da Academia Real das Sciencias de Lisboa.  75€

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Carta Manuscrita de Domingos de Serpa Azevedo (1850)

 

Carta Manuscrita de Domingos de Serpa Azevedo (1850)

Magnífica carta de oito páginas plenas, datada de "Londres em 26 de Janeiro de 1850", assinada por Domingos de Serpa Azevedo (Escriturário da Redacção do Diário das Cortes) e endereçada à Senhora Condessa de Tomar. 

Esta carta é excepcional. Datada de meados do século XIX, dá informes sobre as viagens de comboio, que começavam na época a chegar aos países europeus mais desenvolvidos, sobre figurinos da moda parisiense, sobre a Princesa de Joinville (Francisca de Bragança) sobre a Rainha Victória e o Príncipe Alberto e até sobre umas magníficas botas de "Indian-Robe (borracha)" à prova de água.

Pode ler, a seguir, alguns pequenos excertos:

"N´este Paquete escrevo ao Ex.mº Snr. Julio Gomes da Silva Sanches (foi ministro, Presidente da Câmara dos Deputados e Par do Reino) dando-lhe resposta a um assumpto de que ele me encarregou, e ao mesmo tempo aproveitei a occasião para remetter à Prima de VExª os ultimos figurinos das modas francesas..."

"...onde o Marquez de Vianna e o Paiva Pereira me offerecerão alojamento apenas aqui cheguei - De Paris talvez siga por Madrid, ou por Marselha e pelo Mediterraneo. -Com os caminhos de ferro a Vapores hoje não ha distancias. - Imagine VExª que d´aqui  a Paris se pode ir em apenas nove ou 12 horas, gastando-se apenas £2-10 nos 1.ºs lugares, e metade nos 2.ºs, que aliás são muito decentes!"

"Por este Paquete parte para essa Sua Alteza A Princesa de Joinville (Francisca de Bragança) com o Príncipe e filhos. Julgo que ahi passarão algum tempo..."

"A Rainha Victoria espera ter o seu bom sucesso em Abril, e por isso só em Maio terão lugar os Bailes da Côrte. - S. Magestade está cada vez mais zelosa do Príncipe Alberto, e nem sempre o deixa sahir de Windsor."

Carta de excelente conteúdo, escrita numa caligrafia de belo recorte, muito bem conservada, apresentando o papel uma frescura impressionante para os seus cento e setenta e dois anos de idade.    120€

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Carta Manuscrita de João de Deus Ramos

 

Carta Manuscrita de João de Deus Ramos

Datada de 14 de Outubro de 1947, esta missiva, assinada pelo escritor e pedagogo João de Deus Ramos, filho do poeta João de Deus, dá uns informes que relacionam o Lar Educativo de João de Deus com o musicólogo Mário de Sampaio Ribeiro.

"Exm.º Amigo:   Na "importante" secretaria escolar deste estabelecimento de ensino não consta que Mário de Sampaio Ribeiro tenha débito algum. Apenas, uma relação a Outubro corrente, haverá a importância de 100$00 a encontrar com as lições de canto coral que poderão ter início, neste novo ano lectivo, em 20, se assim o entender o meu ilustre amigo.    Ded. obs.   João de Deus Ramos"

Documento bem conservado. O manuscrito ocupa duas páginas e a folha é de papel timbrado em relevo com o símbolo e o nome do Lar Educativo de João de Deus.   40€

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Cartão Manuscrito de Sidónio Pais

 

Cartão Manuscrito de Sidónio Pais

Cartão timbrado " Republica Portugueza - Ministerio das Finanças - Gabinete do Ministro", assinado por Sidónio Pais que era na data o Minstro das Finanças. Dim: 13,9cm x 10cm. 

"Meu caro Amigo        

Tomo na devida consideração o seu pedido a respeito ao fiscal António Porfírio da Silva. Estão-me coligindo as diversas propostas de nomeações que têm chegado à repartição. Depois lhe darei notícias.  Todo seu    Sidónio Paes"

Datado de 13 - V - 1912, este manuscrito foi adquirido por um seu anterior guardião na livraria " O Mundo do Livro" e pertenceu à Colecção de Filipe Gastão de Moura Coutinho de Almeida Eça.  50€

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Carta Manuscrita de Jaime Martins Barata

 

Carta Manuscrita de Jaime Martins Barata

Magnífica carta de três páginas, assinada e datada de 7 de Abril de 1937, onde o pintor agradece ter sido escolhido para um trabalho a executar, fazendo várias questões sobre o mesmo. 

O trabalho a executar, e é aí que reside o grande interesse do conteúdo desta missiva, é o primeiro retrato a cores de António de Oliveira Salazar que Jaime Martins Barata acabou por pintar no ano de 1938.

"Venho agradecer-lhe o ter-se lembrado do meu pobre nome para uma tarefa tão agradável como a que de mim pretende (...) Não posso responder precisamente à sua pergunta - na parte que se refere a orçamento - sem falar préviamente com V. Exª, e isto por não saber rigorosamente o tamanho do retrato dentro do 30cm x 40cm. 

É só uma cabeça? É mais do que issso e, nesse caso, o que é? Devo, todavia, declarar que refuto suficiente o limite que me fixa, se não houver nada de especial a incluir na composição. 

Gostaria tambem de me dizer qual o prazo em que o trabalho teria de ser executado ..."

Documento bem conservado. Preserva o sobrescrito com o selo intacto. Conteúdo de grande interesse. Peça de colecção.  100€

Jaime Martins Barata foi um pintor com um percurso de grande mérito. Discípulo de Raquel Gameiro, recebeu vários prémios nas Exposições da Sociedade Nacional de Belas Artes e os seus trabalhos encontram-se representados em museus nacionais, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madrid) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. 

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Programa autografado pelo fadista Carlos Ramos e outras Personalidades

 


Programa autografado pelo fadista Carlos Ramos e outras Personalidades

Programa de "A Tipoia" (restaurante típico fundado pela fadista Adelina Ramos e o seu marido José Maria Baptista Coelho no ano de 1950 e que, durante mais de duas décadas, foi uma casa de referência gerida pela fadista e pela qual passaram nomes como Manuel de Almeida, Carlos Ramos, Celeste Rodrigues, Deolinda Rodrigues, Fernanda Baptista, entre muitos outros)

O programa foi oferecido durante uma festa de homenagem a Terezinha Morango, Miss Brasil no ano de 1957, que aconteceu no restaurante "A Tipoia" a 27 de Novembro de 1957 e contém dedicatórias autógrafas de Carlos Ramos, Manuel d´Almeida, Adelina Ramos, Nicolau Neves, Maly Socorro, Casimiro Ramos e da própria Terezinha Morango. 

Bem conservada. Peça de colecção.  80€

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Carta Manuscrita de Carlos Malheiro Dias

 

Carta Manuscrita de Carlos Malheiro Dias

Carta em duas páginas plenas, datada de 7 de Abril de 1938, assinada e dirigida ao Arquitecto José Cortez, transmitindo-lhe a sua opinião sobre o resultado do concurso para o monumento ao Infante D. Henrique a erigir em Sagres, concurso esse a que José Cortez concorrera. 

Carlos Malheiro Dias mostra o seu total desacordo com o resultado do concurso, e com a atribuição dos respectivos prémios, elogiando o projecto de José Cortez, e faz referência a Gago Coutinho, Júlio Dantas, José de Figueiredo, Carlos Ramos, Leopoldo de Almeida, Almada Negreiros, António Lino, Raúl Lino, entre outros.

..."Com muita nobreza, você faz o voto que o projecto (1ª Prémio, do Concurso de 1938, atribuído ao arquitecto Carlos Ramos, ao escultor Leopoldo de Almeida e ao pintor Almada Negreiros) venha a honrar condignamente a Nação e o Infante? Não creio. A sua perspectiva nocturna do monumento, a cobertura das cinco quinas do padrão, o monumento visto do ar, a vista geral da acrópole, a lança de Portugal sobre o promontório de Sagres, a vista aérea do promontório com o monumento, a capela sepulcral do Infante - tudo isso era grandioso - em frente, a mole gigantesca do Templo! 

Sim, meu amigo, como um grande poeta, você teve uma concepção de ordem genial e heroica, com a invocação trágica-maritima, com a substituição pela figura do guerreiro, de pé! Sim, você teve uma concepção teatral - mas estes artistas portugueses e esta cabeça do Infante, é de quem nunca teve uma concepção teatral do monumento. Gago Coutinho não é um artista e estragou tudo. José de Figueiredo podia ter feito alguma coisa, mas infelizmente ele morreu sem ter vindo vêr-me ..! Júlio Dantas só uma vez veio a minha casa... Não tenho mais ninguém... Os meus amigos acabaram... ..."

Bem conservada, com boa caligrafia e excelente conteúdo.   90€

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Manuscrito de António Mendes Corrêa

 

Manuscrito de António Mendes Corrêa

"Em todo o ser humano ha um permanente conflito íntimo que põe em presença o corpo e a alma, a animalidade e a ideia. No fundo, êsse conflito é a expressão duma dualidade universal, a da fôrça e da matéria. A despeito dum tal antagonismo, trata-se de duas entidades inseparáveis. Isoladas, constituem meras abstrações. Na realidade, colaboram incessantemente, como se a sua oposição não passasse duma aparência. Os mais altos ideais entrincheiram-se em muralhas ingentes, feitas de corpos sacrificados.

Porto (?), 20 de Fevereiro de 1928        A Mendes Corrêa"

António Mendes Corrêa (1886 - 1961) foi um conceituado antropólogo, médico e professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, cidade da qual foi Presidente da Câmara de 1936 a 1942. 

Este manuscrito pertenceu a um conhecido colecionador de autógrafos portuense que tinha por hábito pedir a amigos, e personalidades que recebia no exercício da sua actividade profissional, que tivessem a amabilidade de lhe escrever um pensamento, uma poesia, uma ideia. 

Bem conservado. Papel encorpado de qualidade superior. Dim: 30cm x 23,5cm.  50€

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