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Qualquer Coisa Estranha (Rui Pires Cabral) 1ª Edição

 

Qualquer Coisa Estranha

(Contos)

Rui Pires Cabral

Edição do Autor para Publicações Setentrião. Vila Real, 1985. In-8.º, de 30 (2) páginas. 

Trata-se de uma das primeiras publicações do, então, ainda muito jovem (18 anos) poeta Rui Pires Cabral. 

Este exemplar encontra-se valorizado pela dedicatória manuscrita, datada e assinada por Rui Pires Cabral para a escritora Maria do Pilar Figueiredo.

Excelente exemplar. Raro.   25€  (Indisponível)

Para encomendar, use, por favor, o endereço de email: livrosenarrativas@gmail.com , ou, o contacto telefónico: 91 667 34 09. Obrigado!

Geografia das Estações (Rui Pires Cabral) 1ª Edição

 

Geografia das Estações 

(Poesia)

Rui Pires Cabral

Edição do autor. S\l, 1994. In-8.º, de 48 páginas. Dim: 20,9cm x 15cm. Brochado.

Capa de José Armando Ferreira sobre uma colagem do Autor

Esta obra foi seleccionada para a VII Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo que decorreu em Lisboa em Novembro de 1994 e é considerada, após algumas pequenas publicações e colaboração em revistas, como sendo o livro primeiro da autoria do Poeta Rui Pires Cabral.

PRIMEIRA ESTAÇÃO

TRAVESSIA

"Nas nossas viagens atravessamos pequenos cursos de água 

apoiados no dorso flectido dos dedos de Deus. Não nos esquivamos 

às pedras afiadas nem poupamos à carne o seu destino. Descemos 

às regiões ásperas da noite, esfregando as mãos

nos rochedos protegidos. Utilizamos as nossas raízes 

para nos suspendermos das estrelas como criaturas habituadas 

a escarnecer de todas as leis. A respiração das árvores 

levanta-se nas ruas como um muro e nós estamos sozinhos 

como sempre estivemos. 


Nas nossas viagens segregamos sucos tóxicos 

e atacamos os herbívoros indefesos. Sentamo-nos ainda mais perto 

das coisas más, falando longamente de tudo 

o que nos magoa. Somos pertinazes como vespas e 

possuímos grandes olhos, motivo mais do que suficiente

para que se escreva um livro sobre nós. 

As palavras que dizemos enrolam-se nas fissuras 

que o ar sustenta e por isso os nossos sentimentos 

permanecem secretos como o coração dos frutos em 

dezembro. O nosso espelho está apontado às nuvens

e não raro perseguimos o seu trilho 

com os olhos molhados de saliva e os pés enterrados na lama. 


Nas nossas viagens permanecemos sitiados

na cela das nossas veias e caímos doentes no inverno. Os amigos 

visitam-nos com empatia nos dentes mas nós escondemo-nos 

atrás dos móveis, nos lugares onde 

a poeira faz desenhos arredados de toda a luz. Contra a nossa pele 

é quase o rasgar de uma outra madrugada. Sentimos 

o cair do pano como um rio intruso na cadeia das vértebras. 

Beijamo-nos. Despedimo-nos do público com uma vénia 

fatigada. Caminhamos indolentemente para o escuro 

com as mãos cruzadas sobre o peito."

Exemplar em muito bom estado. Invulgar.   30€ (Indisponível)

Para encomendar, use, por favor, o endereço de email: livrosenarrativas@gmail.com , ou, o contacto telefónico: 91 667 34 09. Obrigado!

Entre o Azul e a Circunstância (António Cabral - Dedicatória)

 

Entre o Azul e a Circunstância
(Poesia)

António Cabral

Livros do Nordeste. Edição do autor. Vila Real, 1983. 1ª Edição. In-8.º, de 50 (6) páginas. Brochado.

Exemplar valorizado pela dedicatória manuscrita , datada de 24-4-88 e assinada por António Cabral para a sua colega de letras, a escritora Maria do Pilar Figueiredo.

Exemplar estimado. 25€


Para encomendar, use, por favor, o endereço de email: livrosenarrativas@gmail.com , ou, o contacto telefónico: 91 667 34 09. Obrigado!

O Mar e as Águias - Poesias de António Cabral

 

O Mar e as Águias

- Poesias de António Cabral -

António Cabral

Composto e impresso na Empresa Gráfica do Porto. Porto, 1956. In-4.º, de 74 (2) páginas. Dim: 21,7cm x 16,9cm. Brochado.

Trata-se do segundo livro de poesia de António Cabral.

"Outro Hino

Hão-de as coisas morrer,

Há-de o tempo rolar feito em pedaços,

Há-de sair de tudo o grito do que foi.


Mas... incêndio,

Quem poderá - a ti que és bem maior

Do que todas as águas -

Quem poderá fazer-te em cinza morta?


Hão-de as coisas morrer.

E tu, não.

Raiz de sangue a proclamar sem termo

A eternidade viva do que é vivo!


Boca de sol,

Dizendo, num ribombo de luz forte:

O que não foi vencido pela vida

Também o não será, não, pela morte."

Exemplar estimado.  30€