Carta Manuscrita por Pedro Homem de Mello (1937)

 

Carta Manuscrita por Pedro Homem de Mello

Missiva endereçada ao juiz Dr. José Maria de Albuquerque da Costa Brandão tratando de assuntos de cariz genealógico:

..."Sabendo por meu pai como V. Ex.ª se interessa por questões genealógicas lembrei-me que este meu pequeno trabalho sobre a ascendência de meu filho Salvador José o poderia interessar. Infelizmente como só tenho em meu poder este exemplar tomo a liberdade de lho emprestar e não de lho dar, como tanto desejaria. 

O trabalho dos Mello é do Fernando (?) Távora. O dos Lancastres é do amigo..."

Missiva em duas páginas (Dim: 21,2cm x 27,5cm)  datada de "21.8.937, Quinta de Cabanas - Afife", e assinada por Pedro Homem de Mello. 

Preserva o sobrescrito (ao qual foi retirado o selo postal) e vai junto com a carta original de Pedro Homem de Mello a cópia de duas cartas/reposta do Dr. José Maria Albuquerque da Costa Brandão manuscritas pelo seu punho. 

Bem conservada.  100€ 

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Pedro (Pedro Homem de Mello) 1.ª Edição - Autografado

 

Pedro

- Poemas -

Pedro Homem de Mello 

Artes Gráficas. Porto, 1975. In-8.º, de 139 (5) páginas. Dim: 12,3cm x 18,7cm. Brochado.

Ilustrado com dois retratos em folhas extratexto, ambos da autoria de Carlos Carneiro, sendo um de Maria Helena Pamplona (esposa de Pedro Homem de Mello) e o outro do Poeta. 

" Cabanas

Rastro de alguém, que há muito fora embora,

A minha casa, agora, mal existe.

A minha casa é triste porque é triste.

Boca de pedra que, em silêncio, chora...

Qualquer coisa sem fim que não se expande

Lê-se nos olhos do seu rosto sério.

Reduto magro de opulento império,

A minha casa é grande porque é grande.

Só de evocá-la, escura, e, assim tão fria,

Sinto ameaças negras de além-mundo.

Mastro a boiar à noite, em mar sem fundo,

A minha casa é fria porque é fria.

Corpo que em mim unicamente existe,

Alma que em mim unicamente mora.

Boca sem lábios que, em silêncio, chora,

Grande, ignorada, fria, escura, triste...

Arca vazia de oiro, mas repleta

Só daqueles poemas que lhe dei!

Flor sem aroma, sem raiz, sem lei...

Ó minha inútil casa de poeta!

Exemplar autografado pelo punho do Poeta

Muito bom exemplar, protegido por uma folha de papel "Cristal" e com o miolo em estado irrepreensível. 45€

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Príncipe Perfeito (Pedro Homem de Mello) 1.ª Edição - Autografado

 

Príncipe Perfeito

Pedro Homem de Mello

Edições Gama. Lisboa, 1945. In-8.º, de 138 páginas (inumeradas). Dim: 14,2cm x 19,7cm. Brochado.

Com um estudo/prefácio de João Gaspar Simões

Ilustrado, em folha extratexto, com um retrato do poeta por António Sampaio

Exemplar autografado pelo punho do poeta.

" Poeira

Frágil flor levou-a o vento

Pequena flor, impelida

Da haste onde tinha vida

Mas não tinha movimento..."

Bom exemplar, com os cadernos ainda por abrir e protegido por uma folha de papel "Cristal". 45€

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Jardins Suspensos (Pedro Homem de Mello) 1.ª Edição - Autografado

 

Jardins Suspensos

Pedro Homem de Mello

Edição Marânus. Porto, 1937. In-8.º, de 109 (3) páginas. Dim:13,2cm x 19,7cm. Brochado. 

Trata-se do segundo livro de Pedro Homem de Mello.

"Jardins Suspensos

Jardins Suspensos

Nêles vim pôr

Mirtos, incensos,

- Minha alma em flor...

Cada ilusão:

Cada canteiro

No coração

Do jardineiro!

Sonho de rei:

- Jardins reais...

Alto os plantei!

Altos demais..."

Exemplar autografado por Pedro Homem de Mello

Bom exemplar, com os cadernos ainda por abrir e protegido por uma folha de papel "Cristal". 70€

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Caravela ao Mar (Pedro Homem de Mello) 1ª Edição

 

Caravela ao Mar

Pedro Homem de Mello

Emprêsa Nacional de Publicidade. Lisboa, 1934. 1.ª Edição. Edição do autor. In-4.º, de XXVIII + 141 (1) páginas. Dim: 12cm x 18,5cm. Brochado (protegido com uma folha de papel "Cristal").

Trata-se do primeiro livro do autor cujo longo prefácio é da autoria do Prof. Agostinho de Campos.

"Silêncio

As horas fogem; fogem dias, anos...

E vão nascendo e vão morrendo as vozes!

E vão de bôca em bôca assim, velozes,

Como ondas de inquietos oceanos.

Perpassam nelas hálitos profanos,

Ecos sinistros, maldições atrozes;

São gritos da alma entregue aos seus algozes:

Tormentos, amarguras, desenganos...

Há sol em certas vozes; mas nenhuma 

Conseguiu desvendar na eterna bruma

A luz que exala o mais humilde ser.

Rouquejam vozes surdas, tristemente...

- E a voz mais clara, a voz mais eloqüente,

Guarda silêncio calmo até morrer!"

Bom exemplar. Invulgar.  100€

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Artesanato e Feiras de Barcelos por Calos Basto

 

Artesanato e Feiras de Barcelos por Carlos Basto

Livraria Figueirinhas. Porto, 2008. In-4.º, de 101 (3) páginas. Ilustrado. Encadernação editorial cartonada.

Com textos de: Adalberto Neiva de Oliveira, Amândio Secca, Carlos Basto, José Carlos de Vasconcelos, Manuel António Pina, Maria do Pilar Figueiredo, Mário Cláudio e Pedro Homem de Mello

Bonita edição, impressa em bom papel, onde se encontram, para além dos textos dos autores já referidos, cerca de um cento de aguarelas sobre o artesanato e a feira de Barcelos, da autoria do pintor e aguarelista barcelense Carlos Basto.

Exemplar como novo.   30€ 

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Mello, Pedro Homem de - Poesias Escolhidas

 

Poesias Escolhidas

Pedro Homem de Mello

Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa, 1983. 1ª Edição. In-8.º, de 480 (4) páginas. Brochado.

"Prece Marítima

Venho, Senhor, pedir-Te que me deixes,    /     Limpidamente, ser irmão dos peixes,     /    À flor das águas...      //     As nódoas do meu corpo não as laves,    /    Senão ao baloiçar-me com as aves,    /     À flor das águas...      //     E as ondas verguem, verguem como ramos    /     E nós, sorrindo, só porque sonhamos    /    À flor das águas...     //      Nós, esquecendo o inevitável mal    /    Do amor numa alegria vegetal    /     À flor das águas...     //      Nem fome de oiro, nem de pão, mas vede    /    Os ombros lisos, iludindo a sede,    /     À flor das águas...     //      Que a vida, em sendo vida, é isto apenas:     /    Fechar e abrir de pálpebras serenas    /    À flor das águas..."

Bom exemplar.  (Indisponível) 

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