"Pensar o mínimo em si, pouco nos outros e sempre na multiplicação e perfeição, e na utilidade e bondade das nossas obras e exercer a caridade pela devoção às cousas, e pela sua propagação e aplicação piedosa, em vez de a apregoar e aconselhar por lamentos e palavras e sentenças, ostentosas e eloqüentes que elas sejam, êste poder de criação, esta transposição incessante da nossa alma nas formas tangíveis será talvez a menos contingente das religiões e a mais alta e eficaz regra moral.
Eixo = Quinta de S. Francisco, 11=IX=1931. Jaime de Magalhães Lima"
Jaime de Magalhães Lima (1859 - 1936) foi um pensador, poeta, ensaísta e crítico literário português. Amigo de Antero de Quental, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e conheceu, numa viagem que fez à Russia, o Grande escritor Tolstoi, de quem era admirador confesso. Foi ainda defensor e divulgador do Vegetarianismo e colaborou em diversos jornais e revistas da época de onde se destaca a participação na Revista de Portugal dirigida por Eça de Queiroz.